Fobia Social

A ansiedade social no seu máximo.

O inferno, são os outros. 
                                                        Jean-Paul Sartre

O carácter essencial que se encontra sempre nestes fenómenos de terror é o facto de nos colocarem diante de outros, em público. As fobias de certas situações sociais são determinadas pela perceção que se têm dessa mesma situação social e, dos sentimentos a que a mesma nos conduz.
Embora seja normal as pessoas ficarem nervosas, de vez em quando, em situações de carácter social, algumas chegam a experienciar uma ansiedade severa, ficando preocupadas por se estar sob escrutínio, vir a ser julgado pelos outros ou fazer “figuras tristes” - por vezes ao ponto de evitar esses mesmos encontros sociais.
Quem sofre de fobia social pode ficar extremamente ansioso ou ter sintomas de ataques de pânico em contextos sociais e costuma ficar muito apreensivo antes de um encontro social, sobretudo quando é preciso interagir com desconhecidos.
A fobia social é, sem dúvida, muito complexa e invalidante e os mecanismos que a pressupõem não são muito diferentes dos que habitam cada um de nós em certos momentos.
Contrariamente a outros modos de sofrimentos psicológico, a fobia social mantém-se discreta à situação particular que se teme, por exemplo: é quase impossível comer, escrever, deambular, trabalhar sob o olhar de outrem, urinar nos lavabos públicos ou tomar a palavra diante de um grupo.
O fóbico tem um medo persistente de uma, ou de várias, situações nas quais fica exposto a eventual observação atenta de outrem e, receia agir de modo humilhante ou embaraçoso. Evita, portanto, estas situações ou, sente uma ansiedade intensa com a sua aproximação. Esta tendência para o evitamento interfere com a vida profissional ou, com as relações sociais habituais. A pessoa reconhece a natureza excessiva ou irracional dos seus temores.
As formas mais generalizadas, implicam uma atitude global de afastamento e de evitamento que podem originar consequências socioprofissionais importantes - e sem que se cause angústia porque na verdade o indivíduo, procura e consegue, esta situação de evitar os outros, que alguém olhe ou lhe dirija a palavra, empobrecendo consideravelmente a sua vida relacional, restrita aos contactos com pessoas conhecidas de longa data e em contextos previsíveis.